segunda-feira, 16 de julho de 2007

Eleições em Lisboa

Atalharei aqui umas breves conclusões que retiro destas eleições intercalares em Lisboa (ordem aleatória):


  • A grande abstenção - na minha opinião, deve-se à descrença e alheamento da população em geral, eles falam, falam, e não dizem nada (eu própria confesso a minha descrença, que contrasta com uma crença tão ingénua e tão inflamada que tinha outrora); E desta vez nem o tempo pode ser grande desculpa, porque não convidava a banhos de sol. - Não vale a pena votar, é tudo o mesmo, é o que muitos pensam, não só em Lisboa, mas por este nosso Portugal...
  • As votações das candidaturas independentes - Ligada à descrença que anteriormente referi, acrescento a descrença nas máquinas partidárias, a que muito tem ajudado o "efeito bufaria" do qual muito se tem falado! "Só um partido ficou à nossa frente!" - referiu entusiasticamente Carmona Rodrigues. Candidaturas independentes parecem significar clareza, independência quanto a "jeitinhos políticos", trabalho, competência, discussão de ideais. E sem dúvida, estes independentes têm sido uma grande pedra no sapato .... a troco de acusações de traição ao seu partido.
Pergunto eu: o que significa essa lealdade ao partido?
  • Derrota do PSD, no fundo, não tão inesperada quanto isso; e mais uma desculpa para degolar Marques Mendes.
  • O PP terá de rever a sua mensagem politíca e, não é por um estilo aparentemente mais leve do candidato que essa situação se vai resolver, nem por demissões (injustificadas e por impulso?) em catadupa...
  • Vitória fraca do PS (apesar de ter obtido uma votação distante do 2.º lugar), não deixando todavia de ser fraca. Segundo Candidato Independente a baralhar as contas ao PS... (efeito independentocracia vs partidocracia)
  • Uma realidade a que não se tem dado muita atenção, tem que ver com a votação do PNR. E citando o comunicado de imprensa do PNR no seu site: "Nesta eleição intercalar, marcada pela abstenção histórica de 63%, o Partido Nacional Renovador foi o único partido que conseguiu duplicar o número de votos obtido nas autárquicas de 2005. Percentualmente, cresceu de 0,3% para 0,8%. Valores decerto insignificantes para os grandes partidos do sistema, mas que demonstram o crescimento sustentado da opção nacionalista."
  • Temo que António Costa adira à moda da música hit de Ruth Marlene: "Ele(s) vira(m) para a esquerda, e pisca pisca! Ele(s) vira(m) para a direita e pisca, pisca! Anda(m) para aí a virar, para ver se arranja(m) conquista, é o que está a dar e que veio para ficar, a moda do pisca-pisca" ................ Será?? Pelo menos já "donzelas" se puseram a jeito!
  • 'Bora fazer uma excursão à mouraria apoiar "alguém", e receber uma bandeirazita e mostrar a nossa ignorância aos jornalistas da TV?? Seria um Domingo bem passado...
- Conclusão final: Independentemente da cor partidária e de gostos e (des)gostos, e apesar de não ser alfacinha/moura (o que é uma benção!!), espero que o recém eleito desempenhe um bom trabalho!

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