Neste tempo do pasmar...
Estou estéril do pensar...
Nada concebo de útil,
Nada profiro de belo...
Só acre, só pó, só fútil...
Vivo num deserto do nada,
Satisfaço-me com o bafio,
De um roupeiro tão fechado
De tantas vezes rebuscado...
Como gostaria de abrir a janela,
A brisa entraria,
E eu,
Por fim,
Respiraria...
Mas vivo numa casa sem janelas,
Sem portas, nem portadas,
Enclausurada sobrevivo,
Sonhando, cogitando num Eu,
Fora de casa...
1 comentário:
continuas brilhante ...
como sempre :)*
bjoka
zé
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