domingo, 4 de novembro de 2007

(Re)Descobrir Amarante (IV)



Devo dizer que hoje está um dia soberbo em Amarante! O colorido das árvores, as sombras das mesmas nas águas calmas do Tâmega, o sol (pouco) outunal quente, enchem-nos a alma! Fabuloso! Que vontade dá de viver!

Falando da fotografia: Para quem entra pelo porta do fundo ou principal da Igreja de S. Gonçalo, deve olhar para a sua esquerda, para quem entra pela porta lateral deve olhar para a sua direita e encontrará o órgão (agora inactivo) desta Igreja, cuja construção terminou antes de 1600.

É um amplo e monumental órgão apoiado em três gigantes, sendo que, o do meio, um tritão, segundo Luís Van Zeller Macedo, "abria a boca quando o órgão tocava os sons baixos." Segundo o autor da "Pequena História de Amarante", " recordo-me bem de o ouvir, era maravilhoso, chegando por vezes ao Ribeirinho, ou ao lugar do Calvário. Pena é que não seja restaurado".

Pela minha parte nunca tive o prazer de o ouvir, e segundo o que perguntei à minha mãe, ela também não. Lembro-me de olhar extasiada para aquela figura, como uma criança curiosa, e na verdade, cresci a tentar descobrir o que era "aquilo". E ainda agora, sempre que vou à Igreja de S. Gonçalo demoro os olhos naquele órgão e tento imaginar a boca do Tritão a abrir e o som do órgão a pincelar os ares amarantinos! E hoje estava tão belo, com os raios do sol a dourar o interior da Igreja!

Foi, de facto, este fascínio que me fez começar a (re)descobrir a Igreja de S. Gonçalo pelo interior e não pelo exterior, como seria o mais lógico.


Bom Domingo para todos ;)

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