segunda-feira, 28 de abril de 2008

Esquissos de algo do nada

Desconcertas-me a alma
Despedáça-la em mil pedaços
Desencontrados num pátio
Descolorado por tão agreste
Desastre natural ter sofrido por ter
Desafiado a palavra adorar...

Lágrimas de sangue brotam
Longamente... escorrendo pelos meus
Leves dedos, enfraquecidos pelo
Latejar de uma alma
Ligada a um coração que não
Larga e que lhe dá um vigor
Latente de morte... Prolongada!

Ali estou parada,
A olhar para o espelho d'
Alma que sou e que fui
Assisto ao desaparecer d'
Alguém que por não ter
Abstém-se de existirAbdica de respirar e
Almeja eternizar para sempre
Aquele olhar de ternura...

...Que lhe limpou outrora o Ser
Querido Ser que lhe iluminou o caminho
Com aqueles faróis de mel, doce tentação em
Que ruidosamente
Quis prender-me...

Renasci, vivi e arquivei...

1 comentário:

rtp disse...

Muito bonito! Muito inspirada! :-)