sábado, 3 de novembro de 2007

Capacete Dourado


A noite começou com uma corrida, perseguindo uma "gaiata" já crescida, que segurava o trolley como um brinquedo de infância... Galgávamos os passeios, ora perfeitos, ora alagados pela vontade frenética de "remodelar"... Corríamos contra o tempo, quando ainda havia tempo!


Oh, como apetece o sofá e o aconchego quando chegamos ao lugar da partida, mas a dúvida cresce: ir ou não ir? Sim, vamos! (a "gaiata" tem razão!)


Filme português, huuummmm... Mas é pequeno, dá para voltar cedo! O filme já roda, mas começou mesmo há pouquinho! Que dizer, agora que as portas da sala se fecharam e estou em frente a este ecrã?


Destaco a estética e a originalidade da banda sonora em conexão com as imagens; destaco a cumplicidade íntima e não expansiva (como agora se vende como bom peixe) da relação entre dois jovens; destaco o humor do melhor amigo ("ela é daquelas que não sai de casa sem fazer uma dieta"); destaco os planos cinematográficos; destaco o correr límpido das águas...


Mas não perdoo a forma "venezuelana" de mau gosto, demasiado consequente e programada, da forma como eles se conheceram; não perdoo a pouca exploração do crescimento da relação entre eles; não perdoo a parca caracterização dela quanto ao facto de ela ser anoréctica, com um distúrbio alimentar ao ponto de ter estado internada...


E não perdoo porque este podia ter sido um filme tão melhor, um autêntico bombom na cinematografia portuguesa actual.


(Fora que há uma certa irrealidade na "bondade" daquele gang... Mas, na verdade, o intuito do filme, penso, não era tanto a análise sociológica do ambiente na escola, mas sim como o "amor" pode regenerar!)



E regenerou, fê-los mudar de vida...


E desta semana vou recordar a síncrese de 2 casais: um que se beija com um deboche pueril, amoral e descabido de sentimento, e outro que não se beija, mas que se tocam profundamente nos corações um do outro!


Sem comentários: